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Canibalizações

por Alda Telles, em 30.08.11


 


Antecipando o relatório do grupo de trabalho que graciosamente pensa o serviço público de televisão, o ministro dos Assuntos Parlamentares, depois de ter anunciado o reforço na RTPN, revelou hoje no parlamento a aposta na RTP Internacional. A nova marca, também já adiantada como TV Portugal, não só revela a necessidade de um grupo de trabalho especialista em branding (também deve haver à borla) como indicia um problema de canibalização da administração da RTP.

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Casual Friday BHL Tripoli

por Alda Telles, em 26.08.11


 


O prémio vai hoje direitinho para o Bernard-Henri Levy, impecável no seu fato de trabalho casual-friday em plena acção em Tripoli. Já estávamos fartas de ver jornalistas armados em josés-rodrigues-dos-santos-em-directo-desde-o-deserto.


 


(Foto do New York Times, via @fcancio)

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Estou prestes a entrar na Lift

por Alda Telles, em 26.08.11


 


Trata-se de uma nova rede social - sim, mais uma - criada por fundadores do Twitter que sairam recentemente da empresa. Os detalhes ainda são escassos, mas a estratégia de lançamento é interessante. Inscrevemo-nos no site e aguardamos um convite.


 


Para já, a comunicação é feita directamente pelo CEO, por e-mail:


 



Hey there, thanks for signing up for the Lift Beta!

We're not ready to let people in yet, but when we are, we'll make sure you get an early invite.

What is Lift? We're interested in ways new technology can help unlock human potential, especially through the use of positive reinforcement. That's all we can tell you right now.

So, since we don't have a ton to tell you about Lift the product, here's a little bit about Lift the company:

We're a small San Francisco-based startup. There are three of us full time, Tony Stubblebine (me), Jon Crosby, and Connor Montgomery. We also have some part-time support from the folks at Obvious. If you want to get in touch with us, I'm probably the best person to reach: tony@lift.do

Look forward to connecting with you again soon!

Tony Stubblebine
CEO/Co-founder
http://lift.do


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A imagem do dia

por Alda Telles, em 25.08.11


 


Tirada do Facebook da Apple.

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Foto do dia

por Alda Telles, em 24.08.11


 


Jornalistas prontos para entrar em acção num corredor do hotel-prisão Rixos em Tripoli


 


(via @lybiainme)

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Percepções, ninguém ouviu falar?

por Alda Telles, em 23.08.11

 


No terramoto que tem assolado os "países periféricos" (com o conceito de periferia a revelar-se cada vez mais ridículo), estes têm procurado passar a mensagem de que "não somos a Grécia", isto é, "nós não mentimos sobre o nosso défice". Se o primeiro grande pecado dos gregos foi a manipulação dos números da dívida para poderem entrar no "clube do euro" (com a ajuda dos maquilhadores de Wall Street, diga-se en passant), a percepção mais recente de que "os gregos são mentirosos" resultou das denúncias feitas pelo governo socialista quando chegou ao poder em 2009.


 


O clássico "encontrámos um buraco que não estávamos à espera" tem sido, em abono da verdade, um ritual de qualquer novo governo. Acontece que este expediente (que era para ser de política interna) saiu muito caro aos gregos, porque teve o azar, para os socialistas, de coincidir com a crise financeira e o ataque ao euro. O que tem dado azo às maiores humilhações da Grécia, à percepção generalizada de um país corrupto e mentiroso e permite as atitudes sobranceiras da Finlândia e da Alemanha.


 


As revelações, desde Junho, por parte do novo governo português, sobre "desvios colossais" têm posto em perigo a imagem que Portugal conseguiu manter, até à data, de um país credível e capaz de honrar os seus compromissos (mesmo que tal não tenha tido a devida leitura pelos mercados, conforme atestou de forma perplexa, sábado passado no Expresso, o prof. João Duque).


 


Ora, no dia em que Portugal sobe para o segundo lugar no "clube da bancarrota", o ministro dos Assuntos Parlamentares chega ao parlamento com um carrinho de mão cheio de "facturas escondidas" numa sala obscura do ministério, denunciando "uma dívida escondida" de 6 milhões.


 


Não há nenhum especialista no governo que explique a palavra "percepções"? Há, e muito bons. Ouçam-nos, por favor. É que foi assim que começou o fim da Grécia.

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Menos estado, N estado

por Alda Telles, em 19.08.11


Tenho de interromper as minhas merecidas férias para revisitar a palpitação 1. do meu post sobre serviço público de televisão. Culpado? O Sol, não o que generosamente me tem aquecido a alma e tostado as peles, mas o astro semanal do arquitecto Saraiva.


Citando fontes governamentais (anónimas, segundo alguns, identificadíssimas, segundo eu) que por sua vez são citadas no Diário Económico, afinal a grande aposta vai ser na RTPN.


 


Tenho de admitir que apanhei sol demais na moleirinha ao pensar que, numa lógica de redução ao mínimo do poder governamental na comunicação social e de redução dos custos do mesmo estado, o serviço público de televisão se resumiria a um canal residual do tipo PBS (sim, aquele que ninguém vê), e que todo o resto seria “devolvido ao mercado”.


 


Pois bem não, antes pelo contrário, o governo vai “reforçar” o canal noticioso do estado. Presumo que, também a bem da nação, se manterá a edição bicéfala e economicamente ineficiente entre Lisboa e Porto. Aguardemos saber quanto é que isto vai custar ao estado (muito, muito mais do que o seu custo actual, uma vez que a futura-ex RTP1 vai deixar de fornecer conteúdos de borla à irmãzinha N) para ver quanto é que o ministro Gaspar vai ter de anunciar em impostos suplementares.


 


A grande vantagem desta decisão é que ela em nada vai influir no trabalho da comissão que estuda o conceito de serviço público de televisão, uma vez que a RTPN é um canal do cabo, e como tal fora da órbita do conceito.


 


Resumindo: Acaba-se com o canal 1, redistribuindo os 50 milhões de publicidade pelos privados, e reforça-se a RTPN, com os custos da RTP1 mas sem as receitas da RTP1.


 


Vou dar um mergulho, mas sem molhar a cabeça, para não refrescar estas maravilhosas ideias.

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Respondendo ao repto (não quero imaginar como se escreverá repto com o acordo ortográfico) do meu blogmate lpm, e não dispondo de qualquer benefício de um fim-de-semana comprido, uma vez que me encontro em gozo de merecidas férias, acrescento aos seus palpites apenas algumas palpitações:


 


1. Não acredito que a RTPN subsistirá. Por duas ordens de razões, para simplificar: a noção de serviço público de informação não existe no grupo de trabalho a não ser como concorrência desleal e distorcida (a favor do governo) e há que compensar os operadores privados, designadamente a SIC com a SIC Notícias, que lidera o cabo. (sobre a rtp internacional, não tenho nenhuma palpitação, pelo que compro o palpite de lpm).


 


2. Não acredito que o Professor Duque e  comunicólogo José Manuel Fernandes - embora declarados de espírito aberto na comissão que integram mas que já expressaram repetidamente a sua oposição a um serviço público prestado por uma entidade pública - aceitassem em circunstância alguma integrarem o que quer que venha a ser o serviço público de televisão nas mãos do estado.


 


3. Admito que o serviço público de televisão, nas mãos do estado. resultará num único canal misto de informação/documentário/cultura (não me peçam definição de cultura, por favor), o que redundará num excesso de meios técnicos e humanos na actual estrutura da RTP.


 


4. O ponto anterior leva-me à questão do que vai o estado fazer com o excesso de meios que resultará de um redimensioanamento da RTP. O lpm fala de alienação da RTP1, eu falaria antes da venda de uma terceira licença de televisão. Penso que é disso que estamos a falar, não de privatização. Neste sentido, colocam-se-me diversas interrogações: qual o preço-base de venda desta licença? Estará incluído no pacote um conjunto de meios técnicos e humanos de elevadíssima qualidade? Ou teremos a cedência de um terceiro canal de televisão em jeito de golden share "devolvida de borla ao mercado"?


 


5. Por contas feitas há uns tempos com um querido amigo do meio televisivo, a minha palpitação é a seguinte: bem vendida a terceira licença de operador de televisão comercial, que pague as necessárias rescisões da RTP e assegure a alocação eficiente dos meios disponíveis, mantendo a taxa de audiovisual, o serviço público de televisão continuará nas mãos do estado. Tendo que assegurar o serviço da dívida, sem receitas publicitárias, custará cerca de 100 milhões de euros anuais ao orçamento de estado.


 


6. E é este número redondo que acabo de escrever que deverá ditar todas as decisões. Valerá mais manter o serviço público de televisão com receitas de publicidade, sem abrir um terceiro canal comercial e poupando o orçamento de estado, ou assume-se os cem milhões como o preço a pagar pelo serviço público de televisão?


 


7. Estou descansada, porque o grupo de trabalho que está a pensar nisto tudo é liderado por um reputado economista.


 


8. Quanto ao almoço no Gambrinus, estou a tentar averiguar junto do roc do lugares comuns se entra em despesas de representação.

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Não arranjo título para isto

por Alda Telles, em 14.08.11


Londres, 1940. Míudo nos escombros de uma livraria bombardeada


 


 



O tsunami humano que esta semana revolveu as ruas comerciais das cidades inglesas teve as suas tragédias, mas também as suas curiosidades: por exemplo, no bairro de Clapham Junction, em Londres, todas as lojas foram saqueadas, menos uma - a livraria, a única intocada, intacta, naquela expansão de vidros partidos, prateleiras vazias e edifícios incendiados. O destino dessa livraria não é mais desconcertante do que o resto. Bastará falar de exclusão social e de imigração?



Londres, agosto 2011, d'après Rui Ramos

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Já não se ouve no elevador da Conde Nast

por Alda Telles, em 12.08.11


 


Com apenas cinco dias de vida, o @CondeElevator sai de cena no twitter. Resta-nos o luso #ouvidonoelevador, que tanta reflexão tem trazido à tuitoesfera nacional.


 

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